quarta-feira, 22 de março de 2017

Coreia do Norte fracassa em um novo teste de míssil

Resultado de imagem para coreia do norteUm novo teste de míssil da Coreia do Norte falhou nesta quarta-feira, duas semanas depois do lançamento com êxito de quatro foguetes, apresentado por Pyongyang como um exercício para um eventual ataque contra as bases americanas no Japão, informou o ministério da Defesa sul-coreano.

A Coreia do Norte disparou um míssil a partir de uma base no porto de Wonsan, mas o "lançamento com certeza fracassou", destacou o governo de Seul.
O exército americano confirmou o fracasso e indicou que o míssil explodiu pouco depois do lançamento.
"O comando do Pacífico detectou uma tentativa frustrada de lançamento de míssil norte-coreano nas proximidades de Kalma. Um míssil explodiu, ao que parece, alguns segundos depois do lançamento", afirmou o porta-voz militar americano na região, David Benham.
O regime norte-coreano está submetido a sanções da ONU por seus programas nuclear e balístico.
Até o momento, a Coreia do Norte não demonstrou nenhuma intenção de interromper os programas, ao mesmo tempo que aspira desenvolver um míssil balístico intercontinental (ICBM) com capacidade de transportar ogivas nucleares e atingir o continente americano.
Em 2016, a Coreia do Norte intensificou os lançamento de mísseis e executou dois testes nucleares.
Recentemente, os norte-coreanos dispararam uma salva de quatro mísseis balísticos e três deles caíram perigosamente perto do Japão.
No domingo, o dirigente norte-coreano Kim Jong-Un supervisionou o teste considerado bem sucedido de um novo motor de foguete, artefato que pode ser modificado com facilidade para propulsar um míssil.
A Coreia do Sul considerou o anúncio mais um sinal de que a Coreia do Norte obteve "avanços significativos" no domínio balístico.
O regime norte-coreano realizou os diversos testes no momento em que Estados Unidos e Coreia do Sul realizavam manobras militares conjuntas.
Os exercícios são criticados com frequência por Pyongyang, que os considera um teste geral para uma invasão do território norte-coreano.
O teste do motor no domingo passado coincidiu com a visita ao continente asiático do novo secretário de Estado americano, Rex Tillerson, que advertiu que a tensão regional atingiu "níveis perigosos".
Sem conseguir convencer a Coreia do Norte a renunciar às ambições nucleares, Washington decidiu encerrar a política de "paciência estratégica" da administração de Barack Obama, anunciou Tillerson.
A possibilidade de uma ação militar americana está sobre a mesa, disse o secretário de Estado.
A nova abordagem contradiz a visão da China, que insiste na necessidade de uma ação diplomática a respeito da Coreia do Norte, país com o qual mantém relações estreitas.
A agência oficial norte-coreana KCNA celebrou esta semana o fato de Tillerson ter reconhecido o "fracasso" da política americana que pretende acabar com o programa nuclear do país.
Pyongyang afirma que seu programa é totalmente defensivo ante "inimigos hostis" como Coreia do Sul e Estados Unidos.
Até o momento, a Coreia do Norte não testou um míssil ICBM com capacidade de atravessar o Oceano Pacífico.
O míssil de longo alcance Musudan pode, em tese, viajar até 4.000 km, o que permite atingir a Coreia do Sul e o Japão, assim como as bases militares americanas na ilha de Guam.
Em 2016, o regime norte-coreano realizou oito testes de disparos com o Musudan, mas apenas um teve êxito.
Em junho do ano passado, um Musudan lançado na costa leste do país percorreu 400 km, o que levou Kim Jong-Un a considerar que o país poderia atacar bases americanas "em um cenário de operações no Pacífico".
De acordo com o jornal New York Times, o governo de Obama intensificou os ataques virtuais contra a Coreia do Norte com o objetivo de sabotar os disparos dos mísseis antes ou pouco depois do lançamento.

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